15.12.05

Imaginação

Conta uma antiga lenda que, na Idade Média, um homem muito virtuoso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na realidade, o verdadeiro autor era uma pessoa muito influente no reino e, por isso, desde o 1º momento se procurou um "bode expiatório", para encobrir o culpado. O homem foi levado a julgamento já sabendo que tinha escassas ou nulas oportunidades de escapar ao terrível veredicto: a forca! O juiz, também metido na trama, cuidou, não obstante, de dar todo o aspecto de um julgamento justo e, por isso, disse ao acusado:
- Conhecendo a tua fama de homem justo e devoto ao Senhor, vamos deixar nas mãos d'Ele o teu destino; vamos escrever em dois papeis separados as palavras "culpado" e "inocente". Tu escolherás e será a mão de Deus a que decida o teu destino.
Claro, o mau funcionário havia preparado dois papeis com a mesma palavra "Culpado". E a pobre vitima, ainda sem conhecer os detalhes, dava conta de que o sistema proposto seria uma armadilha. Não havia escapatória. O juiz ordenou ao homem para pegar num dos papeis dobrados.Este respirou profundamente, ficou em silencio uns quantos segundos com os olhos fechados e, quando a sala começava já a impacientar-se, abriu os olhos e, com um estranho sorriso, pegou num dos papeis e, levando-o à boca, engoliu-o rapidamente.Surpreendidos e indignados os presentes condenaram o acto veemente:
- Mas? Que fez?!? E agora??? Como vamos saber o veredicto?!?.
- É muito simples, - respondeu o homem
- é uma questão de ler o papel que resta, saberemos o que dizia o que engoli. Com nítido incomodo e enjoo mal dissimulados, lá tiveram que libertar o acusado, e jamais voltaram a molestá-lo.Moral da história: por mais difícil que se nos apresente uma situação, nunca deixes de buscar a saída nem lutar até ao último momento. Sê criativo!Quando tudo pareça perdido, usa a imaginação!
"Nos momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento" (Albert Einstein)

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